O preconceito nas eleições de 2014

Mapa mostra a polarização política no Brasil Das muitas afirmações “sábias” que ouvi no segundo turno das eleições para a […]

Mapa do Brasil com distribuição de votos para Aécio e Dilma, candidatos a presidência nas eleições 2014
Mapa mostra a polarização política no Brasil
Das muitas afirmações “sábias” que ouvi no segundo turno das eleições para a
presidência do Brasil, em 2014, algumas são surpreendentes. Não pelo conteúdo,
mas, pela falta lógica daqueles que as fizeram. 
Uma delas tem a ver com o programa
Bolsa Família, implantado pelo Governo Federal em 2003, período em que começou o mandato
de
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
como presidente do Brasil. 
Alguns diziam:
“Impossível o ‘PT’ não ganhar. Distribuindo dinheiro para vagabundo e
preguiçoso ficar em casa. Quem não votaria?!”
– Então analisemos tal afirmação: 
As mesmas pessoas que diziam isso reclamavam que as coisas no Brasil estão
de mal a pior. Que o salário até aumentou, mas, que a inflação subiu e o
poder de compra diminuiu. 
Bem, se o salário mínimo, que atualmente é de R$ 724,00, não é suficiente
para que uma família se mantenha – e eu concordo que o salário mínimo no
Brasil está defasado – tendo como base esse pensamento, questiono: como é
possível que uma família consiga viver com R$ 306,00, valor máximo repassado
para a maioria das famílias cadastradas no Programa? Alguém consegue viver
com R$ 70,00 por mês? Afinal, o governo considera que só quem vive com valor
inferior está em extrema pobreza. 
Se você respondeu que não, mas, ainda acha que o dinheiro do Bolsa Família é
suficiente para que uma pessoa viva sem trabalhar, acredito que precise
analisar melhor os fatos. 
Também não podemos deixar de considerar outras duas questões: 
  • Famílias que recebem o benefício precisam comprovar que os filhos estão
    devidamente matriculados em uma escola e com frequência – algo que
    considero positivo, já que acredito que a educação pode mudar a
    realidade de toda uma família. 
  • Também não podemos desconsiderar que, diferente da região sudeste – onde
    sobram empregos e muita gente ainda pode escolher em que quer trabalhar
    – em cidades do sertão nordestino, ou mesmo as que estão no interior de
    alguns estados – como as do vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais – não
    há ofertas de emprego. Se não tem como trabalhar, como obter renda?
    Mudar de cidade como, se falta dinheiro até para comer?
Importante tirar a venda dos olhos e tentar buscar informações antes de sair
por aí falando coisas preconceituosas.

Referências:

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